quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

caso clinico

Paciente do sexo masculino com 19 anos de idade, acompanhado desde os seis anos, quando apresentou o primeiro episódio de hemorragia digestiva alta. Foi diagnosticada trombose de veia porta, provavelmente secundária ao cateterismo umbilical. O paciente foi submetido a várias sessões de escleroterapia (é o tratamento endoscópico de varizes realizado mediante a injeção de um medicamento no interior da veia doente). Há oito anos começou a mostrar alterações nas enzimas hepáticas e discreto espessamento na parede da vesícula biliar. A biópsia hepática demonstrou fibrose portal irregular, com septos e proliferação ductular sugestivos de esclerose hepatoportal. Há seis meses apresentou quadro de icterícia, colúria, acolia fecal, prurido, sem febre e enzimas hepáticas alteradas. As sorologias para as hepatites A, B e C foram negativas, as hemoculturas foram negativas e o ultra-som abdominal mostrou sinais de trombose na veia porta, hipertensão portal e aumento na dimensão da parede da vesícula biliar. A colangiorressonância demonstrou estreitamento da árvore biliar no ducto hepático e colédoco. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica foi realizada com colocação de endoprótese na árvore biliar e melhora progressiva da icterícia e dos níveis das enzimas canaliculares, porém sem completa normalização. O paciente apresenta novo episodio de hematêmese que demonstrou uma hemorragia digestiva alta e foi submetido à endoscopia que detectou varizes esofágicas.

Alterações fisiopatológicas

A causa de Varizes Esofagianas é a Hipertensão Portal, ela vai ocorrer quando determinadas doenças provocam um aumento da pressão na Veia Porta do Fígado (neste caso a fibrose portal e a esclerose hepatoportal), esse aumento da pressão, vai causar uma estase venosa, ou seja, um acumula de sangue venoso na Veia Porta, fazendo com que o sangue procure outras maneiras de chegarem à circulação sistêmica, assim sendo criadas as Circulações Colaterais.


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